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Late Rabo com Beth Brait Alvim: A noite e o meio

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abismo ou salvação?

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redondo pontudo cheio de chifres ao redor do corpo na borda de cada tentáculo um cancro rosáceo como uma flor recém explodida em pétalas se move se move sem pudor sem timidez sem elegância será que esse tal corona 19 é um demônio devastando tudo ou um mensageiro enfim mostrando que não é esse nada  sustentável esse mundo?

Um grande amor: Teatro VentoForte e Ilo Krugli ...................... O Mistério do Fundo do Pote... Ou Como nasceu a fome

... era um tempo em que tudo era certo e do tamanho da minha mão...

Temblores

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las piñas de mis manos respingam en tu baño. tus ojos cierram calmos. las ventanas blancas tan blancas silvam fulgores en la nascente del dia.  ni mi alma clama el frescor de la mañana.  solamente mis temblores se acercam de ti. in A febre e a mariposa, 2018

Papilas e estrelas

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minúsculas as papilas secretam trilhas atalhos cismas dou de cara com todas as babas mas farejo estrelas escondidas

Diário do Grande ABC - Visões de poesia

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Diário do Grande ABC 28/06/2007 - 07h07 Visões de poesia   Gislaine Gutierre Do Diário do Grande ABC Ainda que o medo de fato não exista, são visões do medo que surgem diante dos olhos de Beth Brait Alvim. Esses medos e temas como o tempo, a mulher, a maternidade e as desigualdades sociais permeiam a poesia contida em Visões do Medo,(Escrituras, 80 págs., R$ 18), livro de poesias da escritora, cujo lançamento ocorre nesta sexta-feira, a partir das 18h30, na Livraria Cultura de São Paulo. O livro foi premiado pelo PAC (Programa de Ação Cultural) da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Há tempos a poesia habita o coração, os pensamentos e os papéis de Beth, que é coordenadora da Casa da Palavra de Santo André. “Aos 13 anos eu costumava ficar no portão de casa, refletindo: todo ser é criador”, diz Beth, que tem nos insights e em inspiradas percepções da realidade a sua fonte poética criadora. Suas primeiras produções no campo da poesia surgiram em 19

semper et semper

fino fio de cobre o esquecido cachecol que cobre o lume ou bem o sol não é possível que só sobre teu nome bordado pela ausência esverdeado pelo desatado nó nunca a pedra nunca o tempo nem tudo o que a dor encobre nada soterra meu menino nada fará com que nada sobre nem tua queixa teus mimos teus ruídos suas sete chaves sussurros e teus odores inócuos nove do nove sessenta e duas velas flashs do possível e do além voaram pela janela                                         .....já éramos póstumos sete dias antes antes do último instante imagens secretas já eram  eternas                                 25 de maio de 2015/ 03 de junho de 2017

papilas e chuva

minúsculas as papilas secretam trilhas atalhos cismas dou de cara com todas as babas mas farejo estrelas escondidas chupo travesseiros roçando as mandíbulas na penugem da nuca coço atrás da orelha esquerda pisco pisco e sonho no tapete esquecido molhado embaixo do tanque

não se explica

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se lambo esta lágrima que arde e ela não é como todas se não nasce indignada da dor incontida se ela cai assim quente e roliça cheia de sal e de gozo é porque não se explica brota solta somente com gosto de milagre e eu gosto enfeitiça

no more traças

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manhã me abraça  sacudo o beiço espirro o cansaço salivo um requebro                        e limpo as traças

My boy and the moon

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doce cavalgar a umidade da serra largar a língua afrouxada a arcada dentária um balanço caindo do céu ao som de um monte de música norte americana my girl da rádio local a lua a lua a lua  fala a loucura do meu irmão a lua  eu me junto eu e ele on the road over the moon lonely

Beat Generation

Leiam Geração Beat,do Claudio Willer, L&PM Willeriemo-nos! las atituds poeticas los pivianos las garotas enxaquecas las fundamentales los cigarreros los queridinhos los rojos y los ferrarettos y la basis revolucionaria de la ELL, mujeres de las taras gentiles presentes ! las barranovas los marshmalows de Sá la Mme y sus niñas y los chicos más jóvenes y sus ojos tan abiertos sobre las mariposas del tabuleiro de xadrez y que sea siempre siempre diadema y sus botijas cantantes las vigilias los circulos y el fuego los tambores y los sueños ruflando en los muros antes tan rubros willeriemo nos todos hasta lo que sea vivir (portunhol e nem sequer salvaje...)

cu é lindo

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sem surpresa ou impasse alimento no reto sem que na boca antes a  saliva o valha  o que sacia não fica  que a poesia arda foto: do site cuelindo

Viva Piva

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25 de setembro, 80 anos de Roberto Piva  arte  de Vanessa Lambert para Sarau da Casa das Rosas sobre minhas poesias o gavião e o salmão   meu salmão tatua barbatanas com óleo das essências  dos teus florais que marejam  na tua pupila ácida arco palpitante no teu peito imaginário de gavião espremo a miopia para te materializar entre o fosso do inferno e a chave da comédia assim nua roço - me à beira da cama vazia de ninfos anjos mas sinto teu perfume porque sacudindo meu peixe molhado aprendi a ser só ser inverso avesso e não oposto rasteiro voador aquático semi mortal prometeu indeciso sem registro ou apenas a menina gostando ainda ainda de ouvir estórias a teus pés

Poesia Urbana

Revista E   Poesia Urbana - edição dez/2016, nº 246 DEZEMBRO 2016 Nº 246 Ser poético. Eu, poesia Ser poético. Eu, poesia por Beth Brait Alvim A poesia entrou na minha vida aos 12 anos. A percepção de um ser poético surgiu bem depois, e me impactou de forma encantatória. Parecia que a expressão dava conta do estranhamento que eu sentia, na maior parte do tempo. A poesia me concedia – e ainda me concede – uma pausa vital, uma suspensão sobretudo, rompendo com todas as obrigações e regras; pondo abaixo todos os vetos, classificações, preconceitos e limites. E, daí, eu vivia uma transfiguração, ganhava outro olhar sobre todas as coisas. Meus poemas contêm, com recorrência, o espanto diante das estranhezas da família, dos espaços, dos impulsos do amor e de seus contrários – como se fossem questão razoável de oposição. Aqui, vale citar a revelação de [Fernando] Pessoa que, feito Alberto Caeiro, me presenteou aos 15 anos com o apaziguamento sobre o estatuto de mistério

Fruto & Indigente, música de Neuzza Pinheiro sobre poemas de Beth Brait Alvim

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Neuzza Pinheiro https://www.youtube.com/watch?v=lWZ5u0LO7wg D ois poemas MUSICADOS por N EUZZA PINHEIRO esse registro ora postado seja mais do que de mim mereça ser exposto faço - o por gosto da reverência do apreço da admiração e da tietagem pela Neuzza Pinheiro fada bruxa poderosa e mansa lânguida sedução sem tempo sábia manhosa ultra voz puta interpretação me deu                concedeu mesmo o espasmo estético        música dois poemetos dos anos 80 um deleite segundo Don Celso de Alencar um tom waitts melhorado  posto feminino forte leão. Cena:  Casa das Rosas Quinta Poética, 2010, da Escrituras Ed.

nunca a pedra nunca o tempo

fino fio de cobre o esquecido cachecol que cobre o lume ou bem o sol não é possível que só sobre teu nome bordado pela ausência esverdeado pelo desatado nó nunca a pedra nunca o tempo nem tudo o que a dor encobre nada soterra meu menino nada fará com que nada sobre nem tua queixa teus mimos teus ruídos a sete chaves sussurros e odores inócuos nove do nove sessenta e duas velas flashs do além voaram pela janela já éramos póstumos sete dias antes imagens secretas eternas antes do último instante                                25 de maio de 2015/ 03 de junho de 2017

Temblores

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l as piñas de mis manos respingam en tu baño. tus ojos cierram calmos. las ventanas blancas tan   blancas silvam fulgores de la nascente del dia.   Ni mi alma clama el frescor de la mañana  solamente  mis tremores se acercam de ti.

lãs

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foto do site https://cuelindo.wordpress.com/ Adicionar legenda cachos de um rebanho sauvignon se enroscam nos meu sonhos de algodão

eu olho nuvens

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olho e olho nuvens até  o queixo ficar mole  e a vista ficar turva  todo tipo de nuvem  até que isso me console até que a morte sucumba

bom agouro

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pouso mariposas são assim pousam cabe ao poeta o sobrevoo o gozo
muito tempo que não venho aqui. não abro, não posto, não revejo, não tento. hoje volto, e repentinamente consigo abrir. e postar. o motivo é a poesia, ainda. e sempre. fui provocada a escrever um artigo sobre poesia urbana contemporânea. no convite, ao telefone, a graciosa e atenta emissora falou do blog. eu disse a verdade. como sempre. mesmo sabendo que a verdade muitas vezes não tem de ser dita... eu diria, melhor, talvez, muitas vezes  não deve ser explícita. num encontro com um terapeuta nos anos 80, ele me disse que eu tinha crise de autenticidade. alguns anos depois, nos pré 90, um mestre disse em sala de aula, ao que rebati com minha quase psicótica veemência, que nem tudo deve ser dito a qualquer pessoa em qualquer lugar. sim, eu sofro com isto, ou melhor, sofri. não é conveniente, mesmo, dizer sempre a verdade. no caso, eu disse. não visito meu blog faz tempo, não consigo mais editá-lo, brinquei nos formatos e escolhi o mosaico, eu gosto, é bonito, desconexo e