Olhos
24/09/2012 era um plátano fresco que escondeu a minha garganta colheu as estreitezas dos meus tímpanos umedeceu o broto de fogo incrustrado no fim do rio como galhos secos perfumados me forrou de ervilhas e molhos umedeceu a ponta do último dos dedos e a concha desaparecida incrustrou-se no fim do rio mas o ventre distorce a enxurrada cuspida para a caixa torácica meu agasalho de passos largos come meus olhos come meus olhos boa noite