nunca a pedra nunca o tempo



fino fio de cobre
o esquecido cachecol
que cobre
o lume
ou bem o sol

não é possível que só sobre
teu nome bordado
pela ausência esverdeado
pelo desatado nó

nunca a pedra
nunca o tempo
nem tudo o que a dor encobre
nada soterra meu menino
nada fará com que nada sobre

nem tua queixa
teus mimos
teus ruídos

a sete chaves sussurros e odores inócuos
nove do nove sessenta e duas velas
flashs do além voaram pela janela
já éramos póstumos

sete dias antes

imagens secretas
eternas

antes do último
instante

     
                         25 de maio de 2015/ 03 de junho de 2017

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Que o breve seja de um longo pensar, que o longo seja de um curto sentir, que tudo seja leve de tal forma que o tempo nunca leve." Alice Ruiz

não se explica

paraanapeluso