Terça-feira, Abril 19, 2005 Resistentes da cultura e da arte Hoje me vi de volta ao passado. A um passado presente, cheio de alegria e beleza, como há anos não presencio mais. Foi um saltitar de pernas, foram trocas de olhares e abraços apertados cheios de saudade. Os comentários que mais se ouviam era: os resistentes, dinossauros da arte e diletantes da cultura nessa cidade agora sem brilho, nem néctar e nem ousadia. O livro foi lançado, Ciranda dos Tempos, daquela loira de olhos verdes e uma insanidade lúcida, cheia de energia e conta a história de uma cidade que teve seus homens artistas voando alto, soltando verbos, catando letras, solfejando sonhos, aplaudindo as vontades, filmando desejos, compondo paixões, transgredindo conflitos e almejando espaços. Espaços de desejos. Hoje voltei naquele tempo. Tempo em que eu me vi na foto ilustrada no livro, e pensei: fiz parte dessa história também! Eu estava lá meio sem saber o que fazer, dançando com eles e os olhava com admiração e recei
se lambo esta lágrima que arde e ela não é como todas se não nasce indignada da dor incontida se ela cai assim quente e roliça cheia de sal e de gozo é porque não se explica brota solta somente com gosto de milagre e eu gosto enfeitiça
É, Ana, às vezes me imputo tão anacrônica, Ana, só porque estranho - no estômago, o puto lanho: ingresso pro enterro do Michael' virou presente de aniversário, Obama Nobel da paz, tanto faz, né não, Ana? Tanto faz o caralho. Não é nada não, Ana, só ando meio estranha,Ana... Um cheiro de enjoo crônico me acompanha. boa noite ps: postei ontem com foto e tudo o 'Honrar la vida' que a Mercedes canta. Não salvou. Não é preciso.
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