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Mostrando postagens de fevereiro, 2009

a vida não tem cópia nem back up

mergulho com ânsia de ser nada e dou de cara com o pó arquivo inteiro-vidas? desfigurado ando ando e dou de queixo com o vidro vazio prova de que de nada adiantou aquela droga ou - mais cortês - aquela drágea milagrosa de ser feliz e que importa ? medialuzinfinita e eu vasculho e varro apenas no tudo corrompido um sinal um bip a vaca que desesperou minha vida e me impôs esse lamento esse blues profano doendo de santidade perdida ela a deusa magra e altiva tecla e sapateia no asfalto e eu corrompida de vírus tremo insone no farol sempre fechado reflexo na tela nua como se eu fosse o outro um software clownesco vazio

'só a sociedade, o que quer dizer cada um de nós, pode dizer o que é melhor para a cultura... '(T.Coelho)

Se até no Grande ABC... Enquanto cidades tradicionais do PT se acomodam em suas novas gestões sob os ditames de poderes orquestrados é flagrante que - tem sido e será cada vez mais assim: cultura é moeda de troca. Enquanto os comissionados prometidos, os conselhos pró forma e os tais produtores culturais só quiserem saber das suas veleidades narcísicas e pseudo heróicas, centrados em seu círculo restrito e suas discussões dirigidas, em torno de benesses pecuniárias ou mesmo apenas pelo privilégio de beberem do 'êxtase' de seus momentos de fruição e criação, nada vai mudar. E o pior é constatar que estamos num retrocesso histórico evidente. Uma secretaria tem de ter política pública e não imaginar, muito menos projetar sobre a carência da população, que um ponto de cultura, uma lei de incentivo ou um fundo de cultura possam suprir uma gestão pública da cultura. Não podem. Essas ações institucionalizam uma resposta a déficits históricos e aparentemente delegam mais ou menos pod