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Poesia Urbana

Revista E   Poesia Urbana - edição dez/2016, nº 246 DEZEMBRO 2016 Nº 246 Ser poético. Eu, poesia Ser poético. Eu, poesia por Beth Brait Alvim A poesia entrou na minha vida aos 12 anos. A percepção de um ser poético surgiu bem depois, e me impactou de forma encantatória. Parecia que a expressão dava conta do estranhamento que eu sentia, na maior parte do tempo. A poesia me concedia – e ainda me concede – uma pausa vital, uma suspensão sobretudo, rompendo com todas as obrigações e regras; pondo abaixo todos os vetos, classificações, preconceitos e limites. E, daí, eu vivia uma transfiguração, ganhava outro olhar sobre todas as coisas. Meus poemas contêm, com recorrência, o espanto diante das estranhezas da família, dos espaços, dos impulsos do amor e de seus contrários – como se fossem questão razoável de oposição. Aqui, vale citar a revelação de [Fernando] Pessoa que, feito Alberto Caeiro, me presenteou aos 15 anos com o apaziguamento sobre o estatuto de mistério