a vida não tem cópia nem back up

mergulho com ânsia de ser nada
e dou de cara com o pó

arquivo inteiro-vidas?
desfigurado

ando ando e dou de queixo com o
vidro vazio
prova de que
de nada adiantou
aquela droga
ou - mais cortês -
aquela drágea milagrosa
de ser feliz
e que importa
?
medialuzinfinita
e eu vasculho
e varro
apenas
no tudo corrompido
um sinal
um bip

a vaca que
desesperou minha vida
e me impôs esse lamento
esse blues
profano
doendo de santidade perdida

ela a deusa
magra e altiva
tecla e sapateia no asfalto

e eu

corrompida de vírus


tremo
insone

no farol
sempre fechado

reflexo na tela nua como se
eu fosse
o outro

um software
clownesco

vazio

Comentários

Anônimo disse…
Gostaria de saber se você estudou no Nossa Senhora do Rosário.
guru martins disse…
...muito
bom
Eliza!...

bj
Anônimo disse…
O sofrimento da vida moderna: a felicidade artificial.

Gostei muito, se bem que não é novidade gostar de algo teu.

Beijos
Vaca profana,

vaca sagrada.
Beth Brait Alvim disse…
Não sei como responder a alguém que me escreve.Para o anônimo: sim, estudei lá. Por quê?

abraços, visite-me sempre
Anônimo disse…
o que eu estava procurando, obrigado

Postagens mais visitadas deste blog

"Que o breve seja de um longo pensar, que o longo seja de um curto sentir, que tudo seja leve de tal forma que o tempo nunca leve." Alice Ruiz

não se explica

paraanapeluso