'só a sociedade, o que quer dizer cada um de nós, pode dizer o que é melhor para a cultura... '(T.Coelho)
Se até no Grande ABC...
Enquanto cidades tradicionais do PT se acomodam em suas novas gestões sob os ditames de poderes orquestrados é flagrante que - tem sido e será cada vez mais assim: cultura é moeda de troca. Enquanto os comissionados prometidos, os conselhos pró forma e os tais produtores culturais só quiserem saber das suas veleidades narcísicas e pseudo heróicas, centrados em seu círculo restrito e suas discussões dirigidas, em torno de benesses pecuniárias ou mesmo apenas pelo privilégio de beberem do 'êxtase' de seus momentos de fruição e criação, nada vai mudar. E o pior é constatar que estamos num retrocesso histórico evidente.
Uma secretaria tem de ter política pública e não imaginar, muito menos projetar sobre a carência da população, que um ponto de cultura, uma lei de incentivo ou um fundo de cultura possam suprir uma gestão pública da cultura. Não podem.
Essas ações institucionalizam uma resposta a déficits históricos e aparentemente delegam mais ou menos poderes à sociedade civil. Na verdade, transferem. São atalhos, suturas e remendos, longe dos caminhos e imbricações de uma gestão profunda da cultura.
E diga-se: o atual ministério da cultura já valeu só pelos seus pontos de cultura. É vero.
Mas e as cidades? E o âmbito municipal? Diante de tanto desprezo pelo público - no sentido lato da rex publica - tão fortemente expresso pelos 'novos poderes municipais', até em cidades que já foram consideradas modelo em gestão cultural, conclui - se que apenas se solidifica o insólito: próteses de um jogo sórdido de poder, que mal encena ou dissimula a pior das tragicomédias: a implosão de uma tão imprescindível política pública de cultura nos quase seis mil municípios desse país.
Beth Brait Alvim
CONHEÇAM
Visões do medo
Prefácio: Claudio Willer
Capa: Floriano Martins
prêmio PAC 2007
http://www.artepaubrasil.com.br/descricao.asp?cod_livro=B23958
VISITEM:
UM LANCE DE DADOS
www.bethbraitalvim.blogspot.com
ZUNÁI
http://www.revistazunai.com/contos/beth_brait_alvim_batom.htm
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Enquanto cidades tradicionais do PT se acomodam em suas novas gestões sob os ditames de poderes orquestrados é flagrante que - tem sido e será cada vez mais assim: cultura é moeda de troca. Enquanto os comissionados prometidos, os conselhos pró forma e os tais produtores culturais só quiserem saber das suas veleidades narcísicas e pseudo heróicas, centrados em seu círculo restrito e suas discussões dirigidas, em torno de benesses pecuniárias ou mesmo apenas pelo privilégio de beberem do 'êxtase' de seus momentos de fruição e criação, nada vai mudar. E o pior é constatar que estamos num retrocesso histórico evidente.
Uma secretaria tem de ter política pública e não imaginar, muito menos projetar sobre a carência da população, que um ponto de cultura, uma lei de incentivo ou um fundo de cultura possam suprir uma gestão pública da cultura. Não podem.
Essas ações institucionalizam uma resposta a déficits históricos e aparentemente delegam mais ou menos poderes à sociedade civil. Na verdade, transferem. São atalhos, suturas e remendos, longe dos caminhos e imbricações de uma gestão profunda da cultura.
E diga-se: o atual ministério da cultura já valeu só pelos seus pontos de cultura. É vero.
Mas e as cidades? E o âmbito municipal? Diante de tanto desprezo pelo público - no sentido lato da rex publica - tão fortemente expresso pelos 'novos poderes municipais', até em cidades que já foram consideradas modelo em gestão cultural, conclui - se que apenas se solidifica o insólito: próteses de um jogo sórdido de poder, que mal encena ou dissimula a pior das tragicomédias: a implosão de uma tão imprescindível política pública de cultura nos quase seis mil municípios desse país.
Beth Brait Alvim
CONHEÇAM
Visões do medo
Prefácio: Claudio Willer
Capa: Floriano Martins
prêmio PAC 2007
http://www.artepaubrasil.com.br/descricao.asp?cod_livro=B23958
VISITEM:
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ZUNÁI
http://www.revistazunai.com/contos/beth_brait_alvim_batom.htm
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Comentários
Aqueles que se metem a correr atrás correm o risco de ficarem isolados e pior ainda, sem representatividade.
Como resolver mais este imbróglio.
A questão é muito séria pois estão propagando e muito a questão de secretarias técnicas, que são usadas para conchavos e trocas de poder, concordo com você sobre a questão 'moeda de troca", mas a questão é ainda mais profunda.
Estão assassinando nossa cultura e nós não vamos fazer nada.
É o maior lance
ter Um lance de Dados
lançado no balaio...
bj
Ficaria feliz se tivéssemos uma política cultural ruim.
Bruno Resende Ramos
Proyeto de Inclusión Literaria
http://www.novacoletanea.blogspot.com