eu nunca quis ser madona

no fim e no fundo

cada noite um tango me desconcerta
uma luta me encolhe e me expande feito fantasma
não sei se ando ereta ou se pareço torta
ou se sinto estar torta e só talvez esteja certa
ou se no fundo tudo é medo ou se
a vida é coisa rasa
e no fim tudo é simples demais
e isso é no fundo o que choca

vivo de ensaio e de arremesso
e se me considero um projeto
ou se alcanço o outro extremo
o que é vero é sempre um desmaio
que é bem mais difícil mas certo

só sei que o sério
não se sustenta
e no fundo
me dá um baita cansaço
um enjoo profundo
e não compensa


no fim boto fora o que
camufla e explica
cartesianamente
desse encolhido ocidente
o tamanho coma

pouca gente gosta
quase ninguém entende

sorry
sejam pacientes

eu nunca quis ser madona


inté

Comentários

Ká Rhomberg disse…
lindo e como sempre toca fundo! obrigada por compartilhar tudo isso!
Beth Brait Alvim disse…
ora, menina, vc me inspira.
Ká Rhomberg disse…
vc que me inspira!! sempre...
Beth Brait Alvim disse…
ka´, vá me ler , falo da festa procê ficar com dedo na boca, vingancinha. mostra pra bibi e pro fá.tentei entrar no teu blog, te seguir, não consegui e não tenho saco...
Olá Beth: Esse poema é muito bom.Posso por na Cigarra/Kplus?É isso mesmo:"Só sei que o sério
não se sustenta
e no fundo
me dá um baita cansaço
um enjoo profundo
e não compensa"
Esta é a sensação diante da pasmaceira geral. Mas a poesia nos salva.Beijão.Jurema
Segundo o Tao, o não movimento é que fará com que as coisas aconteçam.

Estou esperando.
Beth Brait Alvim disse…
Claro, façam o que quiserem de mim, Ju, ponha o poma onde quiser, santa.

beijo
Ká Rhomberg disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Ká Rhomberg disse…
li o post da festa, delicioso, queria ter estado lá...ano que vem com certeza.
Mas mostrarei o post pra bibi e pro fábio que ficarão como eu...com muita vontade de ter vivido esse momento!
ah! e vc já me segue no meu blog!
Juracy Ribeiro disse…
Beth, que saudade.
Quem, na poesia, neste país é melhor do que você? Está pra nascer.
Cadê os adoráveis anéis verdes nos teus dedos delicados?
Já entrou no Germina e leu o I Simpósio da Poesia Virtual? Márcio
Almeida me recomendou.
Fique bem, sempre.
Luz e Paz.
Tua amiga que te adora,
Jura.

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