caros amigos poetas e indignados

Caros,

Sobre desagravo enviado por Edson Bueno de Camargo ao estudos surrealistas grupos, intitulado "Santo de Casa não faz milagres" contra a afirmação "'cultura além dos coretos das sete cidades", caderno de Cultura e Lazer do Diário do Grande ABC, de 11 de março de 2009

De fato, há anos nos devemos um elo literário regional efetivo, além de consórcios politiqueiros e oportunistas, além de nichos personalistas e narcísicos. Há tempos, também, estudiosos afirmam que o território, dialeticamente, se expressa fortemente em tempos de globalização.

Só uma imprensa estúpida não abre os olhos e ouvidos para isto.

Mas nos parece óbvio que a reprodução obsessiva do desgastado ícone em pauta e da última tragédia do dia não sustentarão esse lixo todo em circulação.
O que farão, então?

Ainda, em pleno século XXI, somos obrigados a consagrar nossa vasta e distinta produção literária 'independente' em mídias e revistas e encontros e publicações e em tudo o que se abre - ou quase tudo. Quando se consegue uma circulação da produção via publicações impressas, por exemplo, que não se substituem jamais pelo foro virtual, muito bem invadido pela literatura, por sinal, sabemos que é uma outra experiência e de direito. Mas tudo o que sinaliza esse espaço e essa arte tem uma cara independente. Antes daquela cara do independente de efeito tão pouco transgressor hoje em dia- o que foi dos anos 70 pertence aos 70- , são as caras de uma independência de tal forma competente, que nos (in) define uma zona autônoma temporária cujo sustento se faz de uma ética e uma estética absolutamente posicionadas nas dobras e nos vácuos da diluição de tudo.

Pero que las hay, las hay: revistas, editoras - há uma delas hoje chamada afetivamente em nossos pequenos nichos de 'editora dos poetas', coisa rara, de indiscutível qualidade, profissionalismo e de tão distinta dedicação por parte de seu corpo que acaba promovendo o melhor da poesia brasileira contemporânea com regularidade, atenção, primor e consciência, o que a eleva a um patamar de distinção ainda não proclamada aos nossos quatro cantos.
Elevemos nossos olhares para este rol de ações e posições. Temos de mantê-los e ampliá-los. Mas nunca negociá-los.

Nem desconfio quem assina e/ou quem mantém jornais e periódicos que reproduzem e reproduzem o que já está reproduzido. Nem me interessa.

Hoje, enfim, posso me dedicar a me interessar - nem sempre- pelo que me surpreende, emociona e move para um outro estado de coisas. Não é muito, mas isto talvez me convença a crer que ainda vale a pena.

Abraços. (Re) unamo-nos.Beth Brait Alvim

CONHEÇAM
Visões do medo, de Beth Brait Alvim
Escrituras ED
Prefácio: Claudio Willer
Capa: Floriano Martins
Prêmio PAC - Governo do estado de São Paulo - 2007
http://www.artepaubrasil.com.br/descricao.asp?cod_livro=B23958



VISITEM
UM LANCE DE DADOS
www.bethbraitalvim.blogspot.com

BATOM, conto publicado in Erótica, Ed Brasiliense, 1993.
Agora no sítio
http://www.revistazunai.com/contos/b

Comentários

Não consigo aprender a indiferença.
Anônimo disse…
Beth, querida

Me envia teu endereço residencial por email ou depoimento no orkut, pois tenho um presente para lhe enviar, é algo que lhe devo.

Beijos
Leticia Brito disse…
Quanto a falta de consideração com os talentosos artistas do ABC prefiro pensar por este lado: De que nos vale a opinião de uma matéria encomendada? Nós só não podemos abaixar a cabeça e acreditar em absurdos, continuemos com nossa arte, pois é ela que nos faz lembrar que ainda somos humanos e belos.
Beth Brait Alvim disse…
Le, vc está ótima!

Naõ sei repsodner sem ser assim..
bjão no coração, fico feliz por teus avanços literários.

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