Media Luna



Media Luna

me cavalga em cada poro
uma gota êxtase
que a media luna
exalou

me embriago
dos odores do deserto
e sobrevôo meu concreto
com as plumas
dos caracóis

entre os dedos dos meus pés
sua o sal
da úmida noite
e meu sangue vagueia
atrás dos rastros
dos lagartos

um coiote manso
dança sobre o solo
endurecido de nervuras
e eu lambo o horizonte
linha reta e dura
que sombreia todos os cactos

púrpura doce
é meu coração de volta
uma cortina de arco íris
me desnuda como deusa
presa no mural
de oaxaca

mariposas me atordoam
uivam sobre
minha cabeça
penetram ardentes de vida e cor
todas as dobras de meu tempo
febril

Comentários

a media luna
um coiote
dança & me embriaga

& os odores do deserto
penetram na minha cabeça
Anônimo disse…
Oi te achei agora curto teus poemas...

Joca Faria
Anônimo disse…
Oi te achei agora curto teus poemas...

Joca Faria
guru martins disse…
...se media luna
es capaz de hacer
eso con usted
quedo suponendo
como debe ser
uma luna llena...

beso

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