assim no impulso



o dia estourou
quente
vermelho

se nem tudo
é azul

ah um último blues
e eu aqui no topo
sopro

nervos
couro
cócoras

tudo enfim
maresiado de torpor
e véu

eu vesúvio

chafurdo na vulva
beijo o inseto
e sopro
ele zoa e
voa baixo calado
inquieto

para num último estrondo
quem sabe
virar pó

ou nos buracos da terra
matar uma
mariposa

se é preciso
morrer
enfim

se é preciso
estar
alerta


minha alma
nunca repousa
dia após dia

desperta

arde
e
arde

Comentários

Patrícia Cosme disse…
BB

Feliz virada de ano!

Beijos

Ps: tem uma opção no blogger que chama "seguidores" e a gente se cadastra e recebe tuas atualizações, coloca no teu.

Olha neste como é: http://cronicasdequandovoamos.blogspot.com/
Jo Barranova disse…
oi Beth

a opção para seguidores está aí...

gosto muito do final que vc deu pra esse poema (assim no impulso).

bjss
tu é a mais cheirosa entre as poetas...
Matamos mariposas, é isso.

Passei o ano com vertigens.
por onde andamos?

amiga maga e feiticeira.

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